{da série CoolDesigner/Artist}
É muito legal quando a arte encontra a dimensão da brincadeira. Tem uma potência impressionante.
Nathan Sawaya é um daqueles caras que no meio de uma carreira promissora como advogado (em Manhatan, Nova Iorque), resolve mudar de vida e fazer aquilo que gosta pra valer. Sua paixão de infância por Lego se transformou em sua nova profissão: um “lego artist”.
Nathan é tão aficionado pelos blocos coloridos que primeiro se tornou um Lego Master Model Builder (uma espécie de construtor master de Lego certificado) e mais tarde um Lego Certified Professional, este último título conferido apenas a 12 pessoas no mundo. São profissionais oficialmente reconhecidos (como parceiros) que podem exibir seu trabalho em exposições ao público, fazendo uso da expressão Lego Art.
Em realidade, Nathan foi o primeiro artista a usar os blocos como forma de arte, lá em 2002. Ficou conhecido pela capacidade impressionante de registrar expressões humanas. Tem um pé em temas urbanos, influências da pop art, do universo geek e HQs, além de fazer releituras (como boa pop art) de obras clássicas como o Grito de Munch, o Beijo de Klimt, entre outras.
Não é um processo simples. O princípio é similar ao dos mosaicos. Da ideia original, passa para um esboço em papel e planeja o conjunto e o uso dos blocos necessários para a construção da obra. Em alguns casos, são milhares. A partir daí o trabalho é igual ao de uma criança: peça por peça, bloco por bloco e às vezes um pouco de cola.
Suas exposições The Art of the Brick ganharam o mundo e em alguns países foi campeã de audiência. Em 2019 esteve em São Paulo no Museu da Oca, no Parque do Ibirapuera.
Se você está se perguntando como ele consegue tantos blocos... Bem, digamos que Nathan tem uma boa parceria com a Lego. Em média são cerca de 5 milhões de peças à sua disposição em seu ateliê, para explorar sua visão de mundo e voltar a ser criança.
Bom demais.
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